Empreender com Sucesso

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Não existe empresa que sobreviva diante da incompetência.

Se você acredita que agiu com competência, profissionalismo e dedicação, mas ainda assim a sua empresa fracassou, então saiba que, mesmo que você não aceite ou admita a verdade, talvez você mesmo possa não ter tido a competência para administrar o seu negócio, lhe faltando profissionalismo, visão empreendedora e dedicação.

Quase todos aqueles que trabalham na administração de empresas de terceiros, e mesmo em gerência ou diretoria de negócios, acreditam que podem administrar as suas próprias empresas. Isso não é verdade para a maioria dos profissionais, pois a condução de um negócio próprio exige uma abordagem muito diferente daquela aplicada quando lhe é delegada esta função.
A maioria dos gerentes, diretores e administradores de uma empresa são incapazes de gerir suas próprias empresas com eficiência, cometendo erros graves que chegam a inviabilizar a atividade.

Ter um uma formação acadêmica específica, cursos de pós-graduação ou até doutorado, e apresentar um currículo de comprovada experiência de atuação administrativa também não garantem o sucesso, como os inúmeros casos bastante conhecidos por aqueles que atuam na área.

Conhecemos casos de semi-analfabetos que criaram impérios comerciais, mas que quase foram destruídos ao serem assumidos por “profissionais supostamente bem formados e preparados”.

Todo administrador se acha competente, poucos realmente o são.

 

Na maioria dos fracassos se culpam os sócios, porque poucos admitem os seus erros.

Esta é a desculpa mais comum para justificar a sua própria incompetência, e muitos que utilizam este artifício até acreditam nela, pois não conseguem admitir as suas limitações.
E, na maioria das vezes em que um sócio realmente deu culpa ao insucesso do negócio, todos os demais membros da sociedade também fracassaram ao não prever e não evitar o erro do sócio causador deste desfecho indesejado.

Administrar as ações dos sócios e monitorar os seus movimentos são elementos básicos e essenciais para o sucesso de qualquer sociedade.
Eu nunca ouvi um sócio admitir que ele foi culpado do fracasso de um negócio, todos sempre apontam os demais como responsáveis.

Numa oportunidade que tive de ajudar três sócios de uma empresa de confecção em situação econômica já agonizante, cada um deles estava convicto que a responsabilidade por aquela condição era dos outros dois.
Neste caso, isso funcionava como um convencimento próprio para poder difundir esta versão entre amigos, familiares e até parceiros comerciais, na tentativa de evitar assumir uma fraqueza que lhes envergonhariam perante estes.
Com a conscientização do problema e de suas limitações individuais, da deficiência coletiva, e adotando uma postura mais adequada e realista, a empresa acabou superando a crise e voltou a crescer.

Empreendedor individual ou sócio cotista de um negócio, a responsabilidade pelo sucesso ou fracasso da empresa sempre caberá a todos os seus gestores.

 

Os empresários reclamam demais e perdem um tempo precioso com isso.

O empresário, que muitas vezes leva o título de Diretor ou Presidente (discutíveis) de uma empresa, costuma gastar muito tempo e energia com a crítica, com reclamações que vão desde os seus funcionários, passando pelo mercado e concorrentes, até questões de política econômica governamental.

Uma das atribuições mais importantes do empresário é antecipar as dificuldades, conhecer as limitações do seu negócio e de sua estrutura (inclusive de pessoal), e elaborar o planejamento necessário para que estes fatores não tragam reflexos significativos aos seus negócios.

Uma crise econômica, por exemplo, é bastante previsível, e todo o empresário deve aguardar pelo próximo evento.
A crise não é algo ruim, pelo contrário, é um momento precioso de oportunidades que surgem para renovar uma empresa, que se bem preparada poderá sair deste momento em uma posição bem privilegiada na retomada do mercado.

Como exemplo, eu costumo investir perto de quatro ou cinco vezes mais num período de crise, já chegando a números bem maiores.
Para mim (sem a intenção de ser egoísta), a crise é positiva, mas é importante saber que a empresa deve estar com uma excelente saúde financeira para superar as dificuldades que vão surgir, e assim poder investir em seu fortalecimento. E, acredite, são raras as empresas nestas condições, justamente por serem mal conduzidas pelos seus administradores, como vimos anteriormente.

O empresário não deve se preocupar com a crise em si, mas com o que fará com ela. E preocupações devem ser afastadas com o otimismo e o foco nas oportunidades de investimento.

 

Delegar com cautela

O empresário gosta de delegar responsabilidades e de cobrar resultados.
Mas, é importante saber que um funcionário não tem o mesmo vínculo com a empresa como tem o seu dono, e ele pode até mesmo não estar mais na equipe muito antes do que se imagina. Ele não tem um negócio, ele tem uma remuneração (fixa ou variável – isso não importa de fato) para fazer a sua parte do modo que lhe convém.

Não se delega a direção, não se delega todo o gerenciamento, nem toda a supervisão ou a totalidade do acompanhamento das atividades.
Nunca conheci uma empresa que obteve sucesso com o seu dono dirigindo tudo de sua confortável cadeira revestida de couro, ou tentando entender as coisas em contínuas, entediosas e intermináveis reuniões.

O empresário que, mesmo ouvindo os seus gerentes ou supervisores, participa dos trabalhos que são realizados pela sua empresa é capaz de identificar inúmeras oportunidades de melhorias que podem resultar em decisões importantes, capazes de provocar significativas e positivas consequências para a história de sucesso de sua empresa.

Eu cito um exemplo de quando vivi uma oportunidade assim, numa destas movimentações, ao ouvir uma ligação telefônica de uma funcionária que estava com dificuldades para adquirir um produto que revendemos, porque a pessoa do outro lado da ligação lhe informava que a empresa estava encerrando as suas atividades por não ter como sobreviver ao momento de crise que estávamos vivendo. Neste momento lhe interrompi e pedi que perguntasse à pessoa quanto ela queria nos moldes e equipamentos que produziam o produto de nosso interesse, O resultado disso foi que no dia seguinte, pela manhã, eu já assinava o cheque para compra de todo o material, por menos da metade do preço que ele valia (isso já depreciado).
Ninguém ali presente percebera esta oportunidade, que certamente seria bem aproveitada por algum concorrente por ser aquele um produto bastante requisitado pelo mercado.

O empresário deve participar ao máximo de tudo o que acontece em sua empresa, mesmo que disponha de pessoas delegadas para cuidar de outras atividades.

Aqui, novamente, não adianta o empresário colocar a culpa de um fracasso num funcionário ou em um departamento, pois ele ainda detém a responsabilidade pela direção da empresa de uma forma geral.
Em raras ocasiões esta responsabilidade pode ser compartilhada (porém monitorada) com um colaborador atento e bem articulado, mas isso também requer muita habilidade e competência do empresário para identificar esta possibilidade.
Se isso fosse aplicado também pelos nossos governantes, muitos erros que assistimos hoje poderiam ter sido evitados.

 

Ser um empreendedor não é algo para todos

Nem todo o empreendedor está preparado para administrar um negócio dentro de uma condição razoável de desempenho.
Mas, também não é algo impossível preparar o empreendedor e a empresa para que esta possa caminhar de forma mais segura para o sucesso.

Não basta ser, tem que poder.

Ouço alguns empresários relatarem com orgulho que são “donos de negócios”, cheios de boa vontade, com muitos contatos e clientes potenciais, além de muitos projetos importantes. Mas, quando se vai a fundo, descobrimos que os seus negócios estão longe de serem exemplos de sucesso, estando muitas vezes caminhando para o fracasso sem que o seu dono saiba disso.

Tive um amigo que certa vez me mostrou com orgulho a situação da rede de materiais de construção que havia herdado, e da sua forma de administrar que há um ano estava dando outra cara aos negócios.
Depois de conhecer os pontos principais de sua administração e de seu negócio, eu, muito sem jeito, lhe disse que ele estava errado em sua forma de conduzir a empresa e que ela iria sucumbir em breve. Ele apenas riu, e disse que eu não entendia nada de um negócio que era um sucesso firme há mais de 30 anos.
A sua empresa quebrou no meio de muitas dívidas depois de dois anos, e toda a sua vida pessoal foi junto com ela. Desempregado atualmente, ele busca emprego até como operador de empilhadeira, coisa que aprendeu a fazer porque gostava de brincar com as empilhadeiras da frota que havia em suas lojas.

Outra situação semelhante aconteceu com outro amigo, dono de uma padaria na região central de uma cidade. Um dia tomando café com ele no balcão, lhe comentei que seria conveniente ele rever o seu negócio, pois algumas coisas não me pareciam certas. Ele me disse que aquilo era um negócio de família, de décadas, e que sempre funcionara bem assim. Ele faliu depois de três anos, com enormes dívidas.

Empreender um negócio exige muito mais do que vontade.
Muitos acabam por abrir empresas de coisas que não dominam, com os quais não têm a menor afinidade, apenas por acharem que aquilo é fácil, ou interessante, ou “muito lucrativo, segundo o que dizem”.

Vários candidatos a terem um negócio “por conta” confundem a figura de empreendedor com a de investidor, e abrem uma entregadora de água, em seguida uma locadora de vídeo e uma empresa de pintura de prédios, sempre “diversificando”. Isso não costuma dar certo porque não reúne as qualidades necessárias apontadas anteriormente, e alguns desastres costumam acontecer.

Não podemos ser o que não somos, e nem podemos fazer aquilo para o qual não estamos preparados.

 

Conclusão

O mercado é imenso, e as oportunidades são muitas.
As crises fazem parte do jogo e ajudam a elevar o grau de competitividade para quem sabe aproveitar-se da situação.
Tudo pode ser feito de forma ética, honesta e sem riscos.
Jamais precisei de linhas de crédito, seja de instituições privadas ou de incentivos públicos. Todo negócio bem administrado é auto-financiável.

Presto consultorias a empresas da Europa, dos EUA, da Índia e até do continente asiático, entre outras, que desejam ampliar negócios com o Brasil e precisam de assistência jurídica, comercial e de orientação para elaboração de toda a sua estrutura operacional.
A primeira dúvida que estas empresas demonstram é sobre a confiabilidade do mercado brasileiro.
Eu costumo responder que aqui grandes empresas podem fracassar repentinamente, que uma única pessoa pode criar um império poderoso de negócios no Brasil, que muitos fecham as portas enquanto vejo muitos outros construindo novas unidades de negócios e ampliando as suas atividades.
Digo que este é o país onde existe consumo, e este consumo, com ou sem crise, sempre será alto. A gasolina pode dobrar de preço, mas sempre veremos carros abastecendo nos postos todos os dias. Os alimentos ficam mais caros, mas os supermercados estão sempre cheios. As pessoas reclamam da falta de dinheiro, mas mesmo o mercado de luxo sobrevive e cresce.
Tudo depende de como o negócio é administrado. Depende da sua competência em viabilizar a sua empresa mesmo diante das flutuações econômicas, de como você antecipa as situações e transforma dificuldades em oportunidades.

É preciso revolucionar os conceitos a aplicar idéias com competência, profissionalismo, dedicação e inteligência.

Sinceros votos de muito sucesso para todos, e que consigam colher os tão almejados frutos de seus trabalhos.

 

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